Impacto da Menopausa na Saúde da Mulher

A menopausa é uma fase da vida da mulher caracterizada por grandes alterações hormonais com prevalência entre os 45-55 anos de idade e idade média de 51. É diagnosticada aquando da ausência de menstruação num período superior a 12 meses.

Denota-se um ganho de peso médio entre 1 a 2kg, maior irritabilidade e sintomas depressivos, alterações no padrão do sono, afrontamentos, transpiração excessiva, diminuição da pelugem, redução da libido, alterações na oleosidade da pele e perda de cabelo, variando de acordo com a individualidade e estilo de vida de cada mulher.

As alterações hormonais associadas a esta fase como a diminuição de FSH, testosterona e estrógenio, uma menor oxidação de gordura e gasto energético, bem como uma maior distribuição de gordura na zona abdominal, levam a uma maior prevalência de hipertensão, diabetes tipo 2, doença cardiovascular, cancro entre outras patologias, e ainda perda progressiva de massa muscular e óssea.

Neste sentido, é importante aquisição de um peso saudável e estilo de vida equilibrado desde cedo.

 

Cuidados Nutricionais a Considerar

– Ingestão proteica: as necessidades de proteína encontram-se aumentadas em comparação com idades mais jovens. Deve aumentar o seu consumo privilegiando carnes magras, ovo, pescado, lacticínios magros…; A suplementação em proteína Whey pode ser uma boa opção pela praticidade e custo, devendo ser avaliada necessidade junto com o nutricionista.

– Cálcio: o aporte em cálcio deve ser assegurado na dieta com pelo menos três porções de lacticínios dia de modo atingir cerca de 100mg/dia. Em regimes alimentares específicos, alergias ou outras particularidades, devem ser considerados alimentos fortificados em cálcio ou suplementação.

Fibra: deve privilegiar alimentos ricos em fibra como fruta, legumes, cereais integrais…pelo seu impacto direto na resistência à insulina e saciedade.

– Açúcar simples: deve reduzir a ingestão de alimentos açúcarados como refrigerantes, bolos, bolachas, chocolates, entre outros.

– Cafeína: deve diminuir o consumo de café e bebidas estimulantes, bem como chá verde ou preto.

Vitamina D – é recomendável a suplementação de 800UI/dia de modo a garantir os níveis sanguíneos necessários. Apresenta um papel positivo sobre a inflamação, densidade óssea e produção hormonal. (ver artigo: https://playlife.pt/vitamina-d-e-o-desempenho-desportivo/ )

Ácidos gordos ómega-3 – deve reforçar a dieta em alimentos como sementes, frutos oleaginosos e pescado. A suplementação pode ser uma opção válida.

Magnésio – deve ser reforçado o teor de magnésio da dieta pelo seu envolvimento na regulação dos níveos de testosterona (ajuda aliviar a insónia e irritabilidade). Privilegie alimentos como espinafres, sementes abóbora, chia, quinoa, feijão-preto…

Fracionamento de refeições: deve optar por comer mais vezes ao longo do dia de forma repartida.

Cronobiologia: a densidade energética da dieta deve ser superior da parte da manhã e diminuir ao longo do dia (consumir maior quantidade de alimento de manhã), avaliando a exequibilidade deste ponto.

Sono: a suplementação em citrato de magnésio pode ajudar na melhoria da qualidade do sono, cerca de 200mg/dia.

 

Importa ressalvar que todos os cuidados mencionados devem ser devidamente ajustados à individualidade de cada um de acordo com o seu médico e nutricionista.

 

Em suma, esta é uma fase efetivamente desafiante, contudo, é do conhecimento de todas as mulheres que a vão ter de enfrentar. E nesse sentido a inclusão desde cedo da prática de exercício físico e de uma dieta saudável será a chave fundamental para maximizar os ganhos de massa magra ao longo da vida e minimizar possíveis complicações no futuro.

 

Nutricionista Patrícia F. Moreira (CP 4112)

 

Carvalho, P. (2019, July 21). É possível ter o mesmo corpo que tinha antes da menopausa? Público. https://www.publico.pt/2019/07/21/impar/opiniao/possivel-corpo-menopausa-1880520

Karvonen-Gutierrez, C., & Kim, C. (2016). Association of mid-life changes in body size, body composition and obesity status with the menopausal transition. In Healthcare (Switzerland) (Vol. 4, Issue 3). MDPI. https://doi.org/10.3390/healthcare4030042

Laven, J. (2015). Genetics of Early and Normal Menopause. Seminars in Reproductive Medicine, 33(06), 377–383. https://doi.org/10.1055/s-0035-1567825

Lovejoy, J. C., Champagne, C. M., De Jonge, L., Xie, H., & Smith, S. R. (2008). Increased visceral fat and decreased energy expenditure during the menopausal transition. International Journal of Obesity, 32(6), 949–958. https://doi.org/10.1038/ijo.2008.25

Smith, G. I., Atherton, P., Villareal, D. T., Frimel, T. N., Rankin, D., Rennie, M. J., & Mittendorfer, B. (2008). Differences in muscle protein synthesis and anabolic signaling in the postabsorptive state and in response to food in 65-80 year old men and women. PLoS ONE, 3(3). https://doi.org/10.1371/journal.pone.0001875

 

 

 

 

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